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O Rotary e a harmonia entre as nações

mai 25, 2017

O total de refugiados no final de 2015 atingiu 65,3 milhões, ou seja, um em cada 113 habitantes do planeta, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Esse número preocupante representa um aumento de 5,8 milhões em relação ao ano anterior. A agência para refugiados da ONU informa que o número de pessoas deslocadas por conflitos é o mais alto da história, superando até mesmo os dados da Segunda Guerra Mundial, quando dezenas de países dos cinco continentes se envolveram no mais devastador embate bélico da humanidade.

Trata-se de um número assustador de pessoas deslocadas de seus países em decorrência de conflitos armados ou perseguição. Entre as vítimas de conflitos armados, a maioria são civis e desses uma grande parte são crianças. O papa Francisco, preocupado com essa situação, tem orado pela paz mundial em várias ocasiões e feito apelo às lideranças mundiais para que encontrem o caminho da paz.

A nossa Fundação Rotária incentiva projetos humanitários, bolsas de estudos e outras campanhas, treinando líderes jovens e adultos para prevenir e mediar conflitos, e ajudar refugiados que deixaram seu país por conta de guerras que continuam ceifando milhares de vidas. Nós também realizamos projetos que abordam as raízes dos conflitos – como pobreza, desigualdade, tensões entre grupos étnicos, falta de acesso à educação e escassez de recursos.

Rotarianos de todo o mundo estão se juntando a esses esforços e entrando em ação em favor da paz mundial. É muito importante que haja esse empenho conjugado para ajudar a promover a paz, principalmente apoiando os Centros e Bolsas Rotary pela Paz e conhecendo mais de perto o Grupo Rotarianos em Ação pela Paz.

Por seu turno, o Conselho de Curadores da Fundação Rotária definiu uma meta para a iniciativa Doações Extraordinárias para os Centros Rotary pela Paz, que é conseguir 150 milhões de dólares em contribuições e compromissos de doação até junho próximo. Os fundos terão o objetivo de garantir a continuidade das Bolsas Rotary pela Paz no futuro. Assim, será possível manter até 100 bolsistas selecionados anualmente para participar do programa de mestrado ou aperfeiçoamento profissional em uma de nossas universidades parceiras, estudando as causas de conflitos e explorando soluções inovadoras.

Em apenas uma década, mais de 900 bolsistas se formaram nos Centros e estão seguindo carreira em campos relacionados à paz. Muitas vezes, eles acabam assumindo posições de liderança em governos, ONGs, forças armadas e organizações internacionais, como a ONU e o Banco Mundial.

O Rotary não cessa de trabalhar nesse sentido, consciente de que a paz poderá ser alcançada por meio da interação harmoniosa entre as nações. E a nossa organização pode exercer uma grande influência sobre a governabilidade do mundo, pois, como disse Paul Harris, não será utopia o ideal rotário da paz universal, e o Rotary tem demonstrado que é sobretudo uma organização pacifista, que sempre trabalhou pela paz.

* O autor é José Ubiracy Silva, diretor 2015-17 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para joseubiracy@ebge.com.br

(Mensagem de fevereiro de 2017)

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