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Na edição de julho, começamos a esclarecer as responsabilidades e atribuições dos curadores da Fundação Rotária. A primeira, recordando, é cuidar dos ativos da Fundação, de forma a garantir a perpetuidade da instituição, e os recursos adequados para a concessão de subsídios para os programas.

Os curadores podem vender bens da Fundação, delegar poderes, investir e reinvestir em empréstimos, ações ou imóveis. Podem também determinar se o dinheiro pode ser utilizado para os projetos da Fundação, ou mantido como reserva para atingir objetivos específicos – como, por exemplo, o programa Polio Plus, para o qual foram destinados 40,3 milhões de dólares no primeiro semestre de 2015, referendados na reunião de 10 de junho, em São Paulo. Entre os países beneficiados, Camarões, Chade, Congo, Etiópia, Níger, Nigéria, Sudão do Sul, Afeganistão, Paquistão e Somália. Cada subsídio aprovado tem um processo pertinente, pois a Fundação não libera 40 milhões de dólares sem um estudo cuidadoso da aplicação.

Outro exemplo é, na mesma reunião, a aprovação de Subsídios Globais acima de cem mil dólares, que são necessariamente submetidos ao Conselho de Curadores. Cada projeto é aprovado mediante análise prévia da Cadre (Equipe de Consultores Técnicos da Fundação Rotária), dos coordenadores regionais da Fundação, e submetido ao Conselho com documentação e justificativa pertinentes. Essa justificativa envolve uma avaliação das necessidades da comunidade, a descrição do projeto, a sustentabilidade – um conceito fundamental e ainda pouco compreendido pelos clubes –, os clubes parceiros, a fonte de recursos dos clubes e o orçamento resumido do projeto. A participação dos rotarianos e das comunidades, bem como das entidades parceiras, também são avaliadas. Na reunião de São Paulo, foram aprovados Subsídios Globais no valor de 1,12 milhão de dólares, beneficiando quatro distritos no Sri Lanka, na Nova Guiné, nas Filipinas e em Uganda.

Também na agenda estava o relatório do gerente geral da Fundação, John Osterlund, sobre os subsídios Distritais e Globais do período 2014-15, até 30 de abril. Em resumo, foram concedidos 451 Subsídios Distritais, num total de 24,1 milhões de dólares em Fundos Distritais, mais 826 Subsídios Globais, num total de 53,2 milhões de dólares, sendo 22,3 milhões de dólares do Fundo Mundial. Dessas 826 iniciativas, nas seis áreas de enfoque que norteiam os projetos da Fundação no Plano Visão de Futuro, 98 foram de educação, 261 de prevenção de doenças, 131 de desenvolvimento econômico, 60 de saúde infantil, 45 de prevenção de conflitos e 231 de água e saneamento. Essa divisão entre as seis áreas de enfoque mostra algumas tendências macro em termos de necessidades comunitárias.

Outra responsabilidade do curador é criar e administrar parcerias da Fundação Rotária com outras entidades de teor semelhante. Atualmente, há um comitê conjunto com os diretores que trata exclusivamente de parcerias, com uma relação das maiores e melhores fundações mundiais potencialmente parceiras do Rotary em projetos humanitários. Mas este já é um assunto para a coluna do próximo mês.

* O autor é Mário César de Camargo, curador da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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