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O mapa da mina

dez 7, 2017

Com quem emparceirar projetos? Como já mencionamos anteriormente, o sucesso dos Subsídios Globais depende do tripé dinheiro, qualidade e parceiro. Ou melhor, de parceiros com dinheiro para ajudar no financiamento dos projetos.

A qualidade dos projetos ainda é um aspecto a ser desenvolvido. Recebi duas dezenas de projetos de distritos brasileiros, o que me leva a constatar que, com algumas exceções, em geral eles requerem melhorias. Itens como levantamento das necessidades, nomeação de parceiros técnicos, preocupação com sustentabilidade e envolvimento de vários clubes e distritos carecem de um aprimoramento. Uma redação técnica bem-feita contribui para o sucesso da iniciativa, uma vez que muitos projetos com uma qualidade intrínseca excelente pecam por falta de um bom descritivo.

Mas o tema deste mês é outro. Revelarei a vocês os distritos do mundo que têm Fundo Distrital de Utilização Controlada (FDUC) parado. Trata-se do mapa da mina. Por pressão dos curadores, incluindo-me entre eles, essa informação será divulgada com a finalidade de aumentar o nível de atividade nos Subsídios Globais. Esse aumento significa elevar o grau de emparceiramento e destinar os fundos para o objetivo da captação, que é o investimento em projetos de grande impacto social nas comunidades.

A lista é longa, e considerarei para efeito de emparceiramento potencial somente os distritos com FDUC disponível acima de 200 mil dólares. Os dados disponíveis a seguir são de agosto, podendo se alterar à medida que os distritos aprovem projetos e parceiros junto à Fundação Rotária. Para facilitar, os distritos foram agrupados por Zonas Rotárias.

Zonas 1, 2 e 3 (Japão): distritos 2520, 2570, 2630, 2640, 2650, 2670, 2680, 2690, 2710, 2720, 2730, 2740, 2750, 2760 e 2770. Zonas 4 e 5 (Índia): distritos 3030, 3060, 3141 e 3190. Zonas 6B e 10B (Indonésia e Filipinas): 3281, 3310, 3330, 3350, 3450, 3461, 3490, 3501 e 3510. Zonas 9 e 10A (Coreia e Taiwan): 3590, 3600, 3610, 3620, 3630, 3662, 3670, 3690, 3700, 3710, 3730, 3740 e 3750. Zonas 12, 14, 18B e 19 (Europa Ocidental): 1630, 1810, 1820, 1860, 1920, 1950, 2000, 2050 e 2170. Zona 20A (África): 9211. Zona 21A (México): 4370. Zonas 21B e 27 (Noroeste dos EUA): 5450, 5470, 5730 e 5810. Zona 22A (São Paulo): 4420 e 4430. Zona 23A (Sul do Brasil): 4640. Zona 24 (Canadá): 5040. Zonas 25 e 26 (Oeste do Pacífico e EUA): 5000, 5020, 5030, 5100, 5130, 5150, 5170, 5180, 5280, 5300 e 5330. Zona 28 (Centro dos EUA): 5950 e 5970. Zona 30 (Sul dos EUA): 6690 e 6710. Zona 34 (Leste dos EUA): 6900

No total, são 76 distritos com FDUC para projetos superiores a 200 mil dólares. Eles respondem por aproximadamente dois terços do volume total de 54 milhões de dólares disponíveis para projetos de Subsídios Globais.

Trata-se de uma oportunidade excelente para viabilizar bons projetos. Não se iludam: a disponibilidade de FDUC não autoriza automaticamente o emparceiramento de projetos sem consistência, sem sustentabilidade e sem conteúdo programático dentro das diretrizes da Fundação Rotária. Tenho sido testemunha de parceiros norte-americanos interessados em patrocinar causas dos distritos brasileiros, mas que esbarram na qualidade do projeto.

Na próxima edição, comentaremos como encontrar parceiros, uma dificuldade frequentemente alegada pelos distritos brasileiros. Creio que desta forma os estou ajudando a alavancar projetos. Esta é uma de minhas funções como curador. E uma vez esgotado o tema do emparceiramento, trataremos da captação de recursos. O Brasil pode aprender muito com países como a Índia, que quadruplicou sua captação em seis anos.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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