Clubes em Ação

Voltar

ACERVO

Voltar

Colunistas

O Instituto Rotary da Imagem Pública (parte 2)

nov 4, 2019

O Instituto Rotary do Brasil deste ano, em Brasília, começou com um formato moderno: na noite de 5 de setembro, quinta-feira, realizamos um luau à beira da piscina do Hotel Royal Tulip. Com direito à pipoca que faz a fama do presidente Mark Maloney e iluminação proporcionada por palitos de estrelinhas, acesos um a um, numa cadeia humana que materializou nosso lema em 2019-20: O Rotary Conecta o Mundo.

Na sexta, 6 de setembro, a abertura contou com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (filho do governador 1993-94 do distrito 4470, Hélio Mandetta), que nos ofereceu magnífica explicação sobre o quadro atual da saúde no Brasil. Ele enfatizou a parceria estabelecida entre o Rotary e os programas de vacinação contra pólio, sarampo e a campanha de detecção da hepatite.

Em seguida, falou o embaixador William Popp, dos Estados Unidos, que celebrou a história do Rotary e os vínculos entre seu país e o Brasil – os norte-americanos foram os primeiros a reconhecer a independência do Brasil, em 1822.

O programa denso foi cortado pela emoção da apresentação do balé de Fernanda Bianchini, ganhador de prêmios na Alemanha e primeira companhia de balé de cegos em todo o mundo. Afinal, Denise havia reclamado que o programa transpirava muita razão e pouca emoção. Solicitação atendida – e olhos marejados na plateia.

O chairman e o diretor ocuparam espaço para seus recados de boas-vindas ao público presente. Encerraram a apresentação da manhã os pronunciamentos de Brenda Cressey, a curadora representando a Fundação Rotária (trazendo as últimas informações do programa Polio Plus), e do presidente Mark Maloney, falando das metas da atual gestão e da importância de fazermos o Rotary crescer.

À tarde, surpresas: as palestras de Marcelo Rosenbaum, filho de rotarianos e arquiteto premiado internacionalmente por projetos ecologicamente corretos, e do “papa” da embalagem no Brasil, Lincoln Seragini, falando sobre as vantagens de uma empresa socialmente responsável em termos patrimoniais. Temas que aparentemente nada tinham a ver com o Rotary, mas que na realidade reproduzem no mundo profissional nossas premissas e valores.

Depois, um pouco de controvérsia. Ao mesmo tempo em que o presidente do Rotary International, o diretor e o chairman do Instituto eram cortesmente recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto (juntamente com o aide Bill O’Dwyer, o curador Hipólito Ferreira, a curadora Brenda Cressey e o embaixador americano), ocorria no Instituto um debate com jornalistas da TV Bandeirantes. O diretor de jornalismo da emissora, Fernando Mitre, e o jornalista Fabio Pannunzio fizeram um diagnóstico crítico à gestão do presidente, gerando algum desconforto.

Mas o Rotary não é partidário. Respeitamos as instituições, o presidente legitimamente eleito e a liberdade de imprensa. Somos uma instituição que preza a tolerância, a paz e o convívio entre contrários de forma civilizada. E essa programação evidenciou esses valores de forma nítida.

No sábado, 7 de setembro, Dia da Independência, os trabalhos continuaram. Tivemos apresentações dos diretores brasileiros do Rotary International num programa de perguntas e respostas com participação surpreendente da audiência, relatórios financeiros do Rotary International, a palestra sempre futurista do ex-presidente Luis Giay e as premiações aos distritos com maior desempenho na gestão anterior. Entre os intervalos, entrevista à TV Record de Brasília. Mais imagem pública.

No domingo, plantio de árvore com 80 rotarianos presentes e a inauguração da placa alusiva à nossa campanha pela ética, que caracteriza os valores do Rotary. E a missa na Catedral de Brasília, à qual compareceram 250 rotarianos, numa cerimônia com mais de 1.200 pessoas – na qual o Rotary foi homenageado.

Ufa! Acabou? Ainda não. Como só Brasília tem o Senado Federal, não poderíamos perder a oportunidade de falar na casa maior da democracia representativa do povo brasileiro. Por interferência dos senadores Izalci Lucas, que cedeu o espaço para o Rotary, e da senadora Leila Barros, que presidiu a sessão, Mark Maloney foi o primeiro presidente do Rotary International a dirigir a palavra da tribuna do Senado, antecedido pelo diretor. Foi a chance que tivemos de enfatizar os valores, programas, serviços e projetos dos 53 mil rotarianos do Brasil.

Com isso, já estávamos na segunda, 9 de setembro. Hora de voltar para casa. Hora de fazer o Rotary crescer. Obrigado, rotarianos de Brasília e do distrito 4530. Agora é preparar nosso encontro de 2020, em Salvador!

* O autor é Mário César de Camargo, diretor 2019-21 do Rotary International.

mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

Share This