Clubes em Ação

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“As sociedades devem se julgar pela capacidade de fazerem com que as pessoas sejam felizes.” – Alexandre de Tocqueville

Nos últimos tempos, rotarianos têm trabalhado para garantir que nossos clubes sejam cada vez mais fortes, saudáveis e eficazes. Temos utilizado diferentes estratégias para que as reuniões sejam interessantes, os horários adequados e a programação bem planejada a fim de que os projetos de serviço se desenvolvam e tudo conflua de forma a atingir esse objetivo.

Devido à importância que lhes atribuo, hoje quero fazer uma reflexão sobre os clubes de Rotary. Já disse muitas vezes que Rotary é uma palavra de seis letras que, sozinha, não tem significado. No entanto, ela nasce e ganha vida quando surgem as pessoas e elas começam a florescer em relações que são parte vital e insubstituível da organização.

Quando o escritor e jornalista Andrés Oppenheimer se dedicou a estudar o fenômeno do Vale do Silício, na Califórnia, EUA, tive que aceitar que a resposta para a pergunta dele sobre o porquê do sucesso do lugar não estava nos incentivos fiscais, nem nas facilidades; não estava em pactos, nem em interesses regionais; não estava na qualidade das universidades e nem mesmo na infinidade de possibilidades que poderiam ter resultado naquele fenômeno. Tive que aceitar a mais simples das respostas: no que se refere ao sucesso do Vale do Silício, “a diferença está nas pessoas.”

No Rotary também as pessoas fazem a diferença. São os rotarianos que dão o caráter, a ética, a disciplina, o compromisso e a conduta que compõem o clube, que fazem germinar o espírito solidário do grupo e permitem o trânsito do companheirismo à amizade por meio da comunhão e do ideal compartilhado. Somente quando o amálgama entre caráter, espírito solidário e amizade se manifesta, as primeiras luzes de um Rotary Club começam a brilhar.

Por isso, para alcançar nossos propósitos, devemos confiar nas pessoas. Gente é a palavra mais próxima do Rotary, porque sugere mãos que ajudam, corações solidários e cabeças que pensam no outro. Gente é o que dá vida a um clube, e se o queremos forte, saudável e eficaz, devemos nutri-lo com o material humano necessário: pessoas comprometidas e dispostas a servir ao próximo.

Para mim, um clube de Rotary se assemelha a um grande palco onde a principal tarefa, o maior desafio de todos, é encontrar talento nas pessoas e encher esse palco de atores, e não de figurantes.

* A autora é Celia Giay, diretora 2013-15 e vice-presidente do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para celiagiay@virtualred.com.ar

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