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Podemos afirmar sem medo de errar que a nossa Fundação Rotária é o farol que ilumina o servir rotário. E a chama que dá luz a este farol é a solidariedade.

Ao incentivarmos ou fazermos despertar nos rotarianos, e naqueles que por nós são influenciados, o valor da solidariedade, estamos acendendo no mais íntimo do seu ser a chama do amor ao próximo. Esta chama que dá origem a projetos que atendem as necessidades mais prementes da comunidade a que servimos. Estes projetos que, por sua vez, têm o dom de, como o próprio nome expressa, projetar a verdadeira imagem pública da nossa organização.

Os projetos alavancados pelos subsídios da Fundação Rotária potencializam o serviço prestado e exemplificam nossa ação. Assim como os conhecimentos adquiridos são a luz que guia a civilização, os projetos produzidos pela solidariedade globalizada pela Fundação Rotária são a luz que guia o servir rotário.

A solidariedade, diferentemente da caridade, não é dirigida no sentido de quem tem mais para quem tem menos. Ela tem o sentido da compreensão que iguala e nos faz aprender com nosso semelhante e respeitá-lo, restaurando a sua dignidade. A solidariedade é um traço de caráter e os rotarianos a têm de sobra no seu mister de cidadania responsável. Ao desenvolvê-la em sua plenitude entendemos que não devemos esperar nada em troca. Pois nesta vida aprendemos que sempre estamos precisando de alguém e há alguém precisando de nós.

Nos dias de hoje, há cada vez mais a necessidade de lideranças protagonistas no Rotary comprometidas e aptas a motivar os outros.

As atribuições mais evidentes dessas lideranças são e devem ser:

– A prática da ética e o desenvolvimento de confiança mútua, abominando a corrupção como uma escolha consciente em direção ao bem comum;

– A promoção da educação para o acesso ao conhecimento, que já é uma das nossas áreas de foco para os projetos na nova estrutura de subsídios;

– A promoção da saúde como aspiração concretizada, com foco na área materno-infantil, na mitigação das doenças e na nossa mais alta prioridade, que é a erradicação da poliomielite;

– A promoção da paz e da resolução de conflitos, quer seja pela formação das várias centenas de bolsistas pró-paz, quer seja por meio de uma verdadeira promoção de mudanças culturais, modificando a nossa própria atitude ante a violência e desenvolvendo uma cultura da paz;

– O desenvolvimento de projetos significativos, de forma inovadora, enriquecedora e útil para as comunidades em que atuam cada um dos nossos clubes;

– O desenvolvimento e o crescimento como pedra angular da propagação da solidariedade, pois quanto mais cidadãos responsáveis conseguirmos motivar – seja conclamando-os a se juntarem a nós ou a se emparceirarem conosco –, maior será a nossa capacidade de servir e fazer a diferença, deixando um legado;

– A amplificação da nossa capacidade de comunicar e construir uma confiança no que fazemos, nos valores e princípios que praticamos, interconectando-nos mais com a comunidade.

Meditemos sobre estes pontos para que, de forma mais completa, exerçamos esta liderança necessária e competente que é esperada de nós. Isso para que possamos afirmar, por meio das ações realizadas com o apoio da nossa Fundação Rotária, que ela é o farol que ilumina o servir do Rotary. Pois o coração dos rotarianos só deve ser maior que a sua competência em servir.

* O autor é Antonio Hallage, diretor 2009-11 do Rotary International, curador da Fundação Rotária, membro gestor da ABTRF e associado ao Rotary Club de Curitiba-Leste, PR (distrito 4730).

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