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O desafio dos 50 quilômetros

mar 7, 2017

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Rotariano realiza ultramaratona para divulgar luta contra a pólio

“Um misto de realização pessoal e comprometimento humanitário me levou a lançar em meados de setembro um desafio ousado e, de certo modo, até impensável: realizar uma prova de 50 quilômetros contando com o simples detalhe de até então, no auge dos 44 anos de idade, não ter realizado nenhuma maratona.”

Assim começa o relato de Emerson Nonato Silva, mais conhecido como Corguinho, associado ao Rotary Club de Lavras, MG (distrito 4560), professor de educação física, escritor e treinador das categorias de base das equipes de futsal masculinas e femininas da cidade de Ijaci, a 14 quilômetros de Lavras. Ele mergulhou de cabeça no desafio e pediu ao irmão, Ederson, especialista em ultramaratonas, para organizar o treinamento. Mas Corguinho não era um marinheiro de primeira viagem: “Tenho o hobby de organizar corridas de rua na cidade de Lavras há 12 anos. Inclusive coordeno o Circuito Vale Verde de Corridas de Rua”, acrescenta.

A caminhada teria uma bandeira: a campanha End Polio Now, que o Rotary empunha pela erradicação global da poliomielite. “A intenção era alertar a comunidade sobre a importância de levar as crianças para a vacinação contra a poliomielite, e como o esporte é um ótimo catalisador, resolvi unir a paixão pela corrida de rua com o Rotary”, conta.

O treino durou mais de um mês, seis dias por semana. Nesse período, ele visitou os clubes da região, incentivando cada rotariano a doar 10 reais, e deu entrevistas aos jornais e emissoras de rádio e TV locais.

Boas vibrações pelo caminho

Eram 5h20 do dia 18 de dezembro quando Emerson Nonato largou de Ijaci. Ele estava disposto a realizar uma ultramaratona (assim chamadas as corridas por uma distância acima dos 42,195 quilômetros da maratona clássica) em seis horas e 30 minutos. Foi um percurso pesado, de estradas sinuosas, ladeiras e morros. No trajeto, Corguinho teve a companhia de amigos, que também vestiram a camisa da End Polio Now, corredores, ciclistas e simpatizantes da causa do Rotary. Ao chegar à cidade de Bom Sucesso, a 25 quilômetros de Ijaci, uma surpresa: ele foi recebido por uma equipe de mountain bike liderada pelo presidente do Rotary Club local, Luciano Faria. E na praça principal foi ovacionado pelas pessoas que o aguardavam.

Emerson Nonato foi acompanhado por amigos e simpatizantes da causa

Emerson Nonato foi acompanhado por amigos e simpatizantes da causa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enquanto corria, ele e uma equipe de apoio formada por rotarianos aproveitaram para também promover a doação de sangue. Ao chegar ao município de Ibituruna às 10h46 estava concluído o desafio. A marcha levara cinco horas e 25 minutos, uma hora e cinco minutos a menos do que o previsto. Emerson acredita que a diferença se deveu às boas vibrações e incentivos recebidos pelo caminho.

Os 50 quilômetros rapidamente renderam frutos por meio de uma quantia arrecadada: “Foram destinados 70% para o Fundo Anual Polio Plus, 20% para a otimização dos trabalhos na captação do banco de sangue de Lavras e 10% para a organização Médicos Sem Fronteiras”, informa Corguinho, que já foi interactiano e rotaractiano.

Para este ano, ele planeja outra supermaratona, desta vez de 65 quilômetros.

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