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O caminho para a paz social

set 3, 2018

A partir do ano rotário 2015-16, setembro passou a ser o mês da Educação Básica e Alfabetização. Certamente, o principal motivo dessa mudança foi o fato de que o Dia Mundial da Alfabetização é comemorado em 8 de setembro. Assim, nada mais correto do que o Rotary dedicar este mês a um tema tão importante.

Se quisermos testemunhar um mundo mais justo, no qual as oportunidades se mostrem iguais para todos, o caminho mais eficaz é garantir educação às pessoas. Pois ela abre um mundo de possibilidades para que todos possam ter uma chance igual de vencer na vida.

A educação também ajuda os indivíduos a se tornarem cidadãos úteis à sociedade. Uma pessoa com conhecimento terá uma chance maior de contribuir para sua comunidade como um integrante ativo da sociedade. É ainda por meio da educação que se evita que o povo seja explorado e enganado. É mais fácil tirar proveito de pessoas inocentes e analfabetas, uma vez que, diferentemente de quem obteve educação formal, elas não estão bem alertadas sobre seus direitos e liberdades individuais.

A educação afeta principalmente nossa compreensão da diferença entre o certo e o errado. Uma pessoa instruída está bem consciente das consequências de ações erradas e, portanto, é menos provável que ela seja influenciada a cometer algo incorreto por desconhecimento.

Além disso, pessoas sem instrução que vivem na pobreza, atingidas pela falta de oportunidades, podem, muitas vezes, recorrer a procedimentos ilícitos na tentativa de solucionar seus problemas. Se você obteve educação, está bem ciente da lei e dos direitos e responsabilidades para com a sociedade. Por isso, a educação contribui, de forma importante, para a harmonia e a paz social. Tanto assim que, em 1985, o Rotary declarou que níveis básicos de alfabetização são uma pré-condição para a paz.

Muitos adultos em países desenvolvidos e em desenvolvimento carecem das habilidades necessárias para manter um emprego ou desempenhar tarefas básicas no dia a dia. Os obstáculos criados pelo analfabetismo, desde a dificuldade em encontrar um emprego à pressão constante que a própria pessoa se impõe para ocultar o problema, geram graves consequências.

Também devo ressaltar que a taxa de analfabetismo entre mulheres é muito mais alta do que entre homens, pois em muitas partes do mundo o ensino é negado às meninas.

Incentivar o hábito de leitura, incentivar a melhoria da qualidade do ensino, tudo isso significa aprimorar a humanidade. Mas a tarefa precisa começar em casa: pais e mães devem se conscientizar da importância da leitura.

Por meio da nossa Fundação Rotária, podemos investir em projetos que capacitam os rotarianos a promoverem na população o acesso contínuo ao ensino, fortalecendo a capacidade das comunidades de fornecerem educação básica e alfabetização e elevando as taxas de alfabetização entre adultos.

Peço a todos que se inspirem e levem essa missão ao seu clube, dando a luz do saber a quem está precisando.

* O autor é Paulo Augusto Zanardi, diretor 2017-19 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para zanardi4730@gmail.com

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