A melhor rima para ousadia é diplomacia. É o que descobrimos ao ouvir Marcos Alexandre de Faria Moreira contar a experiência recente do Rotary Club de Manhumirim-Alto Jequitibá, MG (distrito 4580), do qual é presidente eleito. “As reuniões ordinárias são sempre às segundas-feiras. Há um pessoal mais antigo no clube que não abre mão desse dia. Até as festivas, incluindo as de Natal, eram às segundas-feiras, e isso estava sendo um problema”, começa a explicar Marcos, que se tornou rotariano em 2014 e hoje é presidente da Comissão Distrital de Imagem Pública.

A questão é que, por conta dessa falta de flexibilidade, até meados do ano passado, a média de comparecimentos ao clube oscilava entre 68 e 72% de um total de 35 associados (números de junho). Uma situação compreensível: muitos se ausentam porque as segundas-feiras coincidem com agendas intensas de trabalho – ou mesmo viagens de negócio. Então veio o período iniciado em julho do ano passado, e com ele uma resolução: organizar reuniões menos solenes em dias mais acessíveis, sem que isso signifique extinguir os encontros tradicionais das segundas-feiras.

“Uma vez por mês fazemos uma reunião festiva aproveitando o melhor dia da semana, como uma sexta-feira ou uma véspera de feriado, quando o rotariano não terá que se preocupar em acordar cedo no dia seguinte para trabalhar”, relata Marcos.

O uso de um novo dia, em que trabalho e companheirismo informal se mesclam, teve como resultado alavancar a média de presença. Às vezes as novas reuniões chegam a atingir 90% de comparecimentos.

Uma maior participação foi acompanhada pelo crescimento do quadro associativo, com a entrada de 12 associados. Agora o clube tem 44 rotarianos – número acima da meta distrital de 38 associados por clube. O presidente eleito credita a expansão ao trabalho de imagem pública. “Além de flexibilizar as reuniões, estamos realizando eventos fora das quatro paredes do clube, coisa que há muito tempo não ocorria”, declara. Antes, ele avalia, a população de Manhumirim desconhecia o Rotary.

O otimismo com as mudanças leva Marcos a anunciar uma meta para o seu mandato: “Quero criar um clube satélite em Alto Caparaó, cidade a 24 quilômetros daqui”.