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Notícias quentes da reunião dos curadores

fev 2, 2018

Uma de minhas preocupações tem sido, além de representar o Brasil na mesa do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, transmitir aos rotarianos brasileiros notícias atualizadas sobre esse fórum. Estamos falando de resoluções que, no fim, decidem o presente e o futuro da Fundação. Algumas afetam o Brasil e, no que se refere à reunião mais recente, ocorrida em 13 de janeiro, podemos resumir algumas dessas decisões:

1) A Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF) será analisada por um comitê designado para estudar os casos de seis países com grande contribuição e que, mediante uma análise legal e tributária, poderiam alavancar ainda mais a captação. Como curador, em dezembro do ano passado, conduzido pelas mãos de Oswaldo Siciliano e Dora Cunha Bueno, eu já havia contatado o representante legal do Rotary no Brasil, o escritório de advocacia Mattos Filho, em que atua o advogado especialista Roberto Quiroga, para investigar caminhos tributários que porventura desconheçamos. Com o Brasil agora posicionado ao lado da Coreia, Taiwan, Filipinas, Itália e França no escopo desse estudo, faremos parte do benchmarking mundial em termos de conhecimento da realidade de doações, impostos e isenções, tudo isso visando um maior volume de captação de pessoas físicas e jurídicas nos países.

2) O comitê de planejamento para o futuro dos Centros Rotary pela Paz elencou quatro regiões com potencial para a instalação de novos centros, todos em áreas de conflito: Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. Em 2020, serão negociadas parcerias com universidades locais em duas dessas regiões, e, em 2022, nas outras duas remanescentes. Naturalmente, observaremos de perto essa evolução, pois o Brasil é um líder territorial e nossos índices de violência urbana, infelizmente, nos qualificam como alvo prioritário para o tema da paz;

3) Nossos distritos passaram incólumes pelos exames de auditoria dos programas de Subsídios Globais, sinal evidente de um crescente conhecimento sobre prestação de contas. Aqueles à frente de países devedores e inadimplentes têm atenção redobrada para o problema, sendo o tipo de lista do qual o curador sente grande alívio em não fazer parte.

4) Fui indicado membro do comitê especial de análise das contas dos distritos relativas ao Fundo Distrital de Utilização Controlada (Fduc) não utilizado. Este comitê terá como missão, até abril de 2018, listar ações e sugerir decisões que permitam aos distritos com grande acúmulo de recursos parados movimentá-los por meio de uma maior facilidade para as parcerias, maior flexibilidade nas opções de investimento, maior comunicação e transparência da sede com relação aos processos de subsídios em andamento. Enfim, há uma série de sugestões para reduzir o valor de 53 milhões de dólares de Fduc não utilizados – que estão sem cumprir, portanto, sua função primordial, que é fazer o bem no mundo.

5) Além disso, ao fim da reunião fomos contagiados pela energia vibrante do time de governadores distritais 2018-19, comandado pelo presidente eleito do Rotary International, Barry Rassin, durante a Assembleia Internacional, em San Diego, EUA. Esse é o grande fórum da internacionalidade das lideranças rotárias e o entusiasmo dos governadores eleitos no encontro assemelha-se à vibração dos tempos colegiais. Seja a Inspiração é um grande lema e certamente conduzirá as novas lideranças pelos bons caminhos do Rotary.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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