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Montando Subsídios Globais com sucesso

jun 13, 2017

Na edição passada, mencionei que organizaria o primeiro seminário brasileiro do Cadre, grupo técnico para elaboração de projetos de Subsídios Globais. Com a aprovação do diretor do Rotary International José Ubiracy Silva e a meticulosa execução a cargo do coordenador zonal da campanha End Polio Now Marcelo Haick, aos quais agradeço, o evento ocorreu no fim de semana de 3 de dezembro, no Colégio Rio Branco, em São Paulo.

A ideia decorreu de uma constatação após conferências em vários distritos brasileiros em 2016: três anos depois de implantado o Plano Visão de Futuro, nossos distritos ainda carecem de gente habilitada a escrever Subsídios Globais dentro das normas.

Como curador, uma das minhas funções é ajudar o diretor a alcançar as metas para o Brasil, e o aumento do número de projetos de Subsídios Globais será uma das formas de avaliação do desempenho do diretor Ubiracy. Meu objetivo era ajudá-lo no desafio.

Tínhamos três preconceitos a superar: primeiro o de que os distritos não têm verba. Em palestras no seminário, os coordenadores da Fundação Rotária, Hugo Dórea e Antonio Carlos Cardoso, informaram haver mais de 3,1 milhões de dólares do Fundo Distrital de Utilização Controlada (FDUC) não utilizados, corroborando sucessivas exposições do curador com esse enfoque.

O segundo obstáculo era a redação dos projetos de acordo com as normas da Fundação para os Subsídios Globais, o que parece difícil para alguns clubes e burocrático para outros, travando o aumento do número de iniciativas. Superar essas dificuldades, ensinando técnicas para os dirigentes da Fundação nos distritos, era a primeira meta do seminário.

A terceira barreira a ser superada era a crença de que é difícil estabelecer parcerias internacionais. Para mostrar que isso não é ciência de foguete, convidei o maior especialista do Rotary em Subsídios Globais, o diretor 2008-10 Philip Silvers, do Arizona, abrindo mão do fundo de promoção pessoal como curador para beneficiários dirigentes distritais da Fundação no Brasil. Phil é o presidente do Cadre mundial da Fundação e comanda 21 coordenadores regionais e mais de 700 voluntários que revisam e montam projetos nas seis áreas de enfoque do Rotary e suas respectivas subáreas. Ele já inspecionou mais de 100 projetos de Subsídios Globais.

No total, 168 rotarianos atenderam ao convite: 36 governadores distritais que participavam do 2º Encontro dos Governadores 2016-17 com o diretor, 21 presidentes de Comissão Distrital da Fundação, 10 responsáveis por Subsídios Globais, 14 integrantes do Cadre e outros interessados no tema. A intenção inicial era abranger 500 pessoas, mas limitações de tempo e espaço físico, além da própria mecânica de trabalho, permitiram treinar esses primeiros que treinarão os demais nos distritos. Em resumo, Phil afirmou que “a instituição do Cadre em nível distrital para todos os distritos brasileiros é o presente do Brasil para o Rotary”, visto que a iniciativa é inédita em termos de treinamento para um país.

Na próxima edição, comentaremos um resumo do conteúdo. Neste meio tempo, consulte as palestras em rotary4420.com.br, o site do distrito 4420.

Uma curiosidade: você sabe o que significa cadre? Após mil elucubrações dos presentes, fanáticos por acrônimos rotários, explicamos: é palavra francesa para designar um quadro de especialistas em determinado tema. É como dizer em português: os melhores quadros de uma instituição.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

(Mensagem de janeiro de 2017)

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