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Estima-se que, mundialmente, cerca de 70 milhões de crianças não têm acesso à educação básica e mais de 800 milhões de pessoas acima de 15 anos são analfabetas. No Brasil, os números são preocupantes porque mais de 13 milhões de brasileiros não sabem ler nem escrever. Isso significa que o nosso país não vai cumprir um pacto internacional de reduzir pela metade o analfabetismo de adultos até o final do ano.

Diante desses números alarmantes, é importante saber que o Rotary patrocina projetos que proporcionam tecnologia educacional, treinamento para professores, equipes de formação profissional, programas de merenda e livros didáticos para ajudar as comunidades a apoiar a educação básica, oferecer oportunidades educacionais iguais para ambos os sexos e aumentar a alfabetização entre os adultos.

Reconheçamos que a educação é a forma mais prática, o caminho mais correto, a ação mais dinâmica para se chegar ao desenvolvimento de uma nação. Não podemos pensar em um país desenvolvido plenamente, com uma estabilidade econômica definida, com uma política social justa e humana, com homens públicos conscientes e responsáveis, sem primeiro pensarmos na educação e na formação cultural de seu povo.

A educação é o princípio fundamental, a prioridade básica para a estruturação de uma sociedade que visa atingir o seu pleno desenvolvimento social, político, econômico, científico e cultural. Sem educação não se constrói um país do futuro. Por seu turno, a alfabetização é um direito do cidadão e a base para a aprendizagem permanente. O analfabetismo afeta todas as fases da vida de uma pessoa. Aqueles que não sabem ler ou escrever são muito mais propensos a continuar na pobreza, ter problemas de saúde e viver isolados em um mundo cada vez mais dependente da utilização dos computadores. É fato, também, que a falta de mão de obra especializada tem contribuído para o retrocesso econômico do país.

No entanto, o que mais nos preocupa é o impacto sobre as gerações futuras. Muitas crianças crescem em lares onde os pais são analfabetos. Se proporcionarmos os meios e recursos para a educação dessas gerações, com certeza obteremos melhores resultados no futuro.

Portanto, devemos fazer uma força-tarefa contra o analfabetismo, mas em defesa de uma alfabetização consciente, de uma educação de qualidade para os jovens do futuro. Se estamos chegando próximo de erradicar a pólio da face da Terra, por que não seremos capazes de acabar com o analfabetismo e de compartilhar da construção de uma educação de qualidade, preservando a moral e a ética, com princípios de formação do homem no seu meio social?

Está lançado mais um desafio para o gigantesco trabalho que a educação básica e a alfabetização esperam dos rotarianos do Brasil e do mundo.

* O autor é José Ubiracy, diretor 2015-17 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para joseubiracy@ebge.com.br

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