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Investir responsavelmente

mar 2, 2018

O Fundo Distrital de Uso Controlado (FDUC), ou District Designated Fund (DDF), em inglês, é como uma conta bancária de cada distrito junto à Fundação Rotária. Graças ao nosso competente trabalho de captação de recursos, tanto em nível nacional quanto mundial, os depósitos não utilizados hoje somam mais de 50 milhões de dólares. Você já leu manifestações a respeito, tanto de minha parte quanto de outras lideranças do Rotary.

Os curadores encarregaram um time de propor medidas para acelerar o investimento desses valores, já que o objetivo da Fundação não é o acúmulo de recursos, mas sua utilização para mitigar problemas, fazendo o bem no mundo. Essa equipe é composta dos curadores Bill Boyd, Brenda Cressey, Gulam Vahanvaty, Ken Schuppert e eu. O relatório deverá ser apresentado em abril, na reunião dos curadores, com a proposição de ações práticas que canalizem o dinheiro da Fundação para projetos.

Alguns caminhos já são vislumbrados, inclusive com medidas em andamento. Ainda estamos em fase de discussão, mas acredito que o mundo do Rotary deva saber que a Fundação está agindo no sentido de acelerar o bom uso dos fundos. Conheça as estratégias em estudo:

1 – Direcionar mais recursos para os fundos de alívio a desastres e para bolsas educacionais e pela paz;

2 – Permitir um volume percentual de Subsídios Distritais maior do que os atuais 25%. Uma preocupação é com o baixo nível de controle dos Subsídios Distritais pela Fundação, em relação à prestação de contas dos distritos. Outro ponto é que essa realocação no fundo admite o fracasso dos Subsídios Globais, negando alguns dos princípios básicos de criação de projetos de grande escala, que envolvem comunidades, associações beneficiadas, parceiros internacionais e constituem o cerne do Plano Visão de Futuro;

3 – Meu tópico é a dificuldade de encontrar parceiros internacionais, e para desenvolvê-lo preciso da contribuição dos distritos brasileiros que têm enfrentado obstáculos nesse aspecto. Considere que há uma parte do nosso site, chamada Rotary Ideas, que deveria funcionar como formadora de parcerias, mas que apresenta resultado pífio. Há um site independente, administrado pelo rotariano Phillipe Lamoise, com quem o Rotary está conversando para entender as razões do seu sucesso, que suplanta o site oficial. Os escritórios regionais também deverão ser envolvidos no processo, ainda que não haja um procedimento determinado neste momento. Envie-me suas histórias de sucesso e fracasso na tentativa de conectar parceiros internacionais para projetos, se possível até 15 de março [o endereço de e-mail está no final da coluna]. Elas servirão para consubstanciar nossos argumentos para que a Fundação assuma um papel mais ativo no desenvolvimento de parcerias;

4 – Flexibilizar algumas responsabilidades dos distritos parceiros quanto à inadimplência dos distritos receptores. Pelo código normativo da Fundação, os distritos financiadores têm as contas travadas caso seja identificado algum desvio por parte do distrito receptor, o que inibe muitas participações. Foram identificadas resistências de alguns dos maiores doadores da Ásia quanto ao mau desempenho contábil e de auditoria de distritos receptores, o que implica também em sua corresponsabilidade perante a Fundação.

Ajude-nos nesse debate, principalmente na questão que mais afeta os distritos brasileiros, a pesquisa de parceiros internacionais.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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