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História que nos orgulha

nov 13, 2015

No mês dedicado à Fundação Rotária, vale a pena relembrar a história de um homem: Arch Klumph. Nascido em 1869 no pequeno município de Conneautville, na Pensilvânia, EUA, ele se destacou ainda muito jovem pelo espírito empreendedor. Aos 18 anos, em Cleveland, cidade para a qual se mudara no início da adolescência, Klumph começou a trabalhar como contínuo em uma empresa – a mesma na qual viria a ser presidente e proprietário. Em 1914, apenas três anos após associar-se ao Rotary Club da cidade, ele se tornou diretor do Rotary International. E, mais dois anos à frente, viria a ocupar o cargo de presidente de nossa organização.

Obviamente, Klumph, que era também esportista e exímio flautista – durante 12 anos ele tocou na Orquestra Sinfônica de Cleveland –, tinha uma ótima visão de futuro. Por ocasião da Convenção do Rotary International de 1917, em Atlanta, EUA, o então presidente Klumph lançou a ideia de um fundo permanente para viabilizar projetos humanitários. Naquele ano, este fundo receberia uma contribuição inaugural de 26,50 dólares do Rotary Club de Kansas City.

Em 1929, Arch Klumph nos deixou registrado o seguinte: “A Fundação Rotária não está destinada a construir monumentos de tijolo e pedra. Se empregarmos o mármore, ele perecerá. Se utilizarmos o bronze, o tempo irá apagá-lo. Se erigirmos templos, eles desmoronarão no pó. Mas se nós empregarmos as mentes imortais, se as imbuirmos com o espírito pleno de sentido do Rotary, conforme expresso em nossos objetivos e com o justo temor a Deus e o amor a nossos semelhantes, gravaremos sobre tábuas algo que iluminará toda a eternidade”. Naquele ano, a Fundação outorgou o seu primeiro subsídio, destinado a uma associação internacional de amparo a crianças com necessidades especiais.

Embora Arch Klumph tenha visto o seu sonho se tornar realidade, nem ele talvez pudesse prever a amplitude que sua ideia tomaria. Ainda assim, ele, que faleceu em 1951, foi testemunha de ações grandiosas da Fundação, como o lançamento, em 1947, do programa de bolsas educacionais, que veio a se tornar o maior do mundo patrocinado por uma entidade não governamental.

Atualmente, o patrimônio da Fundação, que começou com aquela modesta contribuição de 1917, é de mais de 1 bilhão de dólares – sendo que cerca de 3 bilhões já foram utilizados em programas e projetos para tornar a vida das pessoas melhor. Em 1985, por exemplo, era lançado o programa Polio Plus, de erradicação da poliomielite, que permite manter 99% das crianças do planeta livres dessa terrível doença. Também poderia mencionar os milhares de projetos e iniciativas que estão acontecendo neste momento por todo o planeta.

Por tudo isso, encerro a minha coluna este mês com uma sugestão ao nosso querido leitor e leitora, que certamente se orgulham dessa história. Que tal planejar um evento comunitário para ampliar a conscientização pública sobre a nossa Fundação Rotária?

* O autor é é José Ubiracy, diretor 2015-17 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para joseubiracy@ebge.com.br

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