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O Rotary se organiza segundo um sistema de classificação. Porém, verificamos que, na prática, nem sempre a lista de classificações é utilizada – ou utilizada de maneira correta.

Certa vez, um clube conseguiu por convênio cinco terrenos para a construção de casas para famílias carentes. O Conselho Diretor desse clube resolveu doar as futuras moradias para cinco mães solteiras que tinham filhos autistas, além de outros três filhos cada uma. Isto definido, as plantas das casas foram feitas e o clube deu início às solicitações tradicionais para casos como esse.

Nesse ínterim, o clube recebeu a visita oficial do governador do distrito, que solicitou a lista de classificações, mas para espanto geral, o clube não a tinha atualizada. Então chegou o momento de comentar os projetos, e os companheiros apresentaram o da construção das casas para as cinco mães solteiras com filhos autistas. O governador achou tudo muito bom e quis saber quem havia feito os projetos.

De pronto, o presidente, todo garboso, respondeu: “Nós mesmos”. Ato contínuo, o governador perguntou: “Não existe classificação engenharia no clube?”. Ao que o presidente respondeu: “Não”.

Então, o governador discorreu sobre o assunto. E explicou que todo projeto realizado por um Rotary Club deve ser feito respeitando a maior eficácia do trabalho. Para que isso seja conquistado, devemos sempre nos utilizar das pessoas certas para nos orientar.

O governador indagou: “Vocês fizeram as tomadas de decisões de que maneira? Ouviram psicólogos? Consultaram médicos? Fizeram os levantamentos de custos e as plantas com um engenheiro? Pediram doações de materiais de construção aos empresários? Acertaram a mão de obra com alguma empresa? Após a conclusão, verificaram com pedagogas o que pode ser feito para as crianças?”. E assim foi.

Conclusão: a concepção das casas foi modificada, tendo sido a sistemática de atuação toda centrada na conversa com o governador. O projeto foi realizado e o clube aumentou em seis o número de novos companheiros, todos oriundos da participação no empreendimento. O clube conta agora com muitos parceiros que também frequentam as reuniões e apoiam outras iniciativas.

Para se fazer uma biblioteca, por exemplo, a primeira atitude de um Rotary Club deve ser procurar uma bibliotecária. Utilize o nosso sistema de classificação, trabalhe no Rotary de acordo com o Manual de Procedimento.

Imagine o que pode ser feito através dos projetos da Fundação Rotária. Podemos agregar técnicos que fazem manutenção em aparelhos, especialistas na área de enfoque do projeto, professores de línguas estrangeiras e assim por diante.

Temos a possibilidade de realizar no Brasil pelo menos 700 iniciativas ao ano, entre projetos de Subsídios Distritais e Globais. Se cada um deles trouxer de três a cinco novos companheiros, poderemos crescer entre 2.100 e 3.500 novos associados anualmente.

* Os autores são Celso Alves e Paulo Augusto Zanardi, coordenadores regionais da Fundação Rotária para a Zona Rotária 22B e para as Zonas Rotárias 22A e 23A, respectivamente.

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