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Estamos diante de um cenário desafiador

mai 24, 2017

Nossa área de atuação está concentrada nas comunidades, principalmente as carentes que habitam o entorno dos nossos clubes de Rotary. Situam-se em pequenas cidades, muitas delas desprovidas das condições mínimas de sobrevivência, não apenas no Brasil, mas em países vizinhos da América Latina. É com este sentimento que manifesto a minha preocupação pelo fato de evidenciar que o nosso potencial de servir não está sendo devidamente explorado.

Para uma avaliação aprofundada deste cenário desafiador, estamos convocando todos os nossos governadores 2015-16 para uma próxima reunião, em São Paulo, nos dias 15 e 16 deste mês. Com esse mesmo objetivo, reuni-me, recentemente, com o Colégio de Diretores, em um encontro extremamente produtivo.

Também mantive reunião com os nossos coordenadores para analisar vários problemas, e constatar um nível de frequência comprometedor na maioria dos clubes. Isso aliado à falta de motivação para o trabalho que compete aos rotarianos realizar, com mais afinco e entusiasmo, o que não vem acontecendo.

As carências humanas são muitas, desde a crise de água, as precárias condições de saúde pública, a falta de alimentação básica, o desamparo dos idosos e crianças, muitas delas entregues à própria sorte. É nesse cenário desafiador que o Rotary precisa atuar para que possamos demonstrar a nossa fraternidade e o nosso apoio, levando um pouco de bem-estar a essas parcelas carentes da humanidade.

No momento, ocorrências de alta relevância levam-nos a chamar a atenção de todos os clubes e distritos para ações sociais que precisam ser tomadas em caráter de emergência. Precisamos acompanhar e atuar de perto sobre os efeitos perniciosos do mosquito Aedes aegypti, que se expande e transmite doenças graves como dengue, chikungunya e zika, essa última responsável pela microcefalia em milhares de crianças brasileiras.

Outro grande problema de cunho social requer nossa participação. É urgente a presença do Rotary para amenizar os efeitos da maior catástrofe ambiental do Brasil, ocorrida na cidade mineira de Mariana, e seus reflexos em suas comunidades carentes e desassistidas. Há um campo vasto para ações dos nossos clubes.

Finalmente, uma notícia relevante: o presidente da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, o médico e rotariano Humberto Silva, estará em São Paulo, no dia 15 de fevereiro, para apresentar aos governadores distritais a campanha mundial Hepatite Zero, uma iniciativa de grande impacto no campo da saúde. O doutor Humberto estará na Conferência Presidencial em Cannes, na França, no dia 19 de fevereiro, ao lado do ex-governador distrital Nadir Zacarias, fazendo a mesma apresentação. Ele pretende disponibilizar a doação de um milhão de kits a serem usados para detectar a hepatite C. Será mais uma forma de o Rotary marcar presença e se envolver, em nível mais abrangente.

Que Deus nos inspire a todos deste imenso país para que, impulsionados pelos desafios que nos esperam, possamos concretizar as ações benfazejas do Rotary, na certeza de que estaremos cumprindo os propósitos e as metas do presidente Ravi, sem esquecer, todavia, as ações do Polio Plus.

* O autor é José Ubiracy, diretor 2015-17 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para joseubiracy@ebge.com.br

(Mensagem de fevereiro de 2016)

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