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Dependemos das Novas Gerações

mai 24, 2017

Desde que me envolvi e encantei, como simples rotariano, com as atividades da nossa organização, ao ingressar, em 1970, no Rotary Club do Recife – onde fui presidente, diretor de comissões e avenidas –, ou como governador de distrito, percebi a grande importância dos integrantes mais jovens da nossa Família Rotária para o futuro dessa secular organização.

Sempre vislumbrei significativas esperanças e um grande potencial para a expansão do Rotary naqueles que participam dos programas pró-juventude, como Rotaract, Interact, Ryla e Intercâmbio de Jovens, ou naqueles que se sentem atraídos e se envolvem em atividades de Rotary Clubs e distritos.

Lembro que, nos idos de 1996, o então presidente do Rotary International, Luis Vicente Giay, criou o termo Novas Gerações e afirmou que o futuro da nossa organização dependia do envolvimento dos jovens em seus programas e atividades. Na Convenção do Rotary International em Calgary, Canadá, ele disse: “A visão que tivermos do futuro fará a diferença entre o nosso sucesso ou fracasso. As Novas Gerações são o nosso investimento no futuro. Portanto, vamos começar a construir o futuro”.

As Novas Gerações se tornaram a Quinta Avenida de Serviços do Rotary, em 2010, e sua definição está no quinto artigo nos Estatutos Prescritos para o Rotary Club: “Serviços às Novas Gerações – A quinta Avenida de Serviços reconhece a mudança positiva trazida pelos jovens através do incentivo a atividades de desenvolvimento de líder, engajamento comunitário, prestação internacional de serviços e de programas de intercâmbio que enriquecem e promovem a paz e a compreensão mundial”.

Neste mês de maio, dedicado às Novas Gerações, é importante conscientizar os Rotary Clubs de se comprometerem a envolver os jovens em projetos de serviços profissionais à comunidade nacional, ou mesmo comunidades internacionais, oferecendo programas e recursos que os apoiem.

Temos um enorme potencial de futuros rotarianos, formados por essa juventude cada vez mais atualizada com os problemas sociais de suas comunidades, disposta a dar sua colaboração para superá-los. Entretanto, as estatísticas demonstram que ainda é reduzido o número de clubes de jovens existentes no Brasil.

Mesmo assim, somos o segundo país no mundo que concentra o maior número de rotaractianos em seu território, atrás somente da Índia. Existem cerca de 15 mil rotaractianos, organizados em 655 clubes por todo o Brasil.

O Rotaract trabalha pela compreensão mundial e pela cultura, luta contra o analfabetismo, realiza campanhas de combate à violência contra a mulher, mostra que limpar os rios e reciclar o lixo é possível, entre muitas outras ações. O Rotaract mostra que é possível fazer diferente.

Com certeza, logo os dirigentes de clubes irão concluir que terá sido um investimento extraordinariamente válido apoiar essa juventude, pois ela irá garantir, em futuro próximo, a indispensável expansão e o desenvolvimento do Rotary.

Reconhecemos que os rotarianos vêm servindo aos jovens e os apoiando, mas não custa incentivá-los a ampliar ainda mais o objetivo de sua atuação, amparando o sucesso pessoal e profissional desses jovens e reconhecendo a diversidade de suas necessidades. Não esqueçamos que eles representam o futuro da nossa organização.

* O autor é José Ubiracy, diretor 2015-17 do Rotary International.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para joseubiracy@ebge.com.br

(Mensagem de maio de 2016)

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