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“Se quisermos um mundo de paz e de justiça, devemos colocar decididamente a inteligência a serviço do amor.” – Antonie de Saint-Exupéry

Dezembro é mês de balanço, de avaliar o que foi feito durante o ano e de reencontrar, na espiritualidade das festas, forças que nos permitam realizar tudo o que sonhamos.

Talvez por isso esta mensagem se refira a uma experiência recente que me fortaleceu como pessoa e como rotariana, relacionada ao maior prêmio oferecido pelo Rotary International a um rotariano, individualmente: o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si.

Sempre em 1º de setembro, vence o prazo para apresentação dos candidatos a esse reconhecimento, que tem por objeto destacar os grandes rotarianos que exemplificam com a própria vida seu compromisso com o Rotary – e que demonstram que o único limite do serviço rotário é a decisão pessoal de quem o oferece.

Este ano, 384 candidatos foram apresentados, e como é responsabilidade do Conselho Diretor do Rotary International avaliar e decidir a outorga anual de até 150 prêmios, agradeço por ter podido ler histórias de pessoas extraordinárias que dedicaram toda a vida ao Ideal de Servir – e que ajudaram crianças, jovens e idosos a viver com mais dignidade.

Dentre essas histórias, destaco algumas comoventes, como a de um rotariano que passou dez anos em um país africano construindo escolas e fazendo poços de água; ou ainda a de um outro, que levou sua família à Índia para alfabetizar pessoas em bairros da periferia. Fiquei emocionada com um rotariano que lutou intensamente trabalhando para ajudar cegos na África, e com profissionais que fizeram milhares e milhares de cirurgias para curar cataratas, defeitos congênitos ou para corrigir problemas de saúde. Sem falar na quantidade de companheiros dedicados ao problema da má-nutrição infantil e nos educadores que criaram seus próprios sistemas para ensinar aborígenes e pessoas marginalizadas. Além de mais uma grande quantidade de anônimos lutadores da causa da paz, que investem horas de suas vidas para solucionar as diferenças, mediar conflitos e unir grupos dispersos.

O Rotary é uma grande organização onde há exemplos de vida que são como monumentos imaginários do verdadeiro rotariano. É nosso dever reconhecê-los, levar suas histórias ao conhecimento público, fazer deles ícones dentro de uma sociedade que ainda possui gente com valores e, sobretudo, iluminar o Rotary com esses exemplos dignos de serem pensados e imitados.

* A autora é Celia Giay, diretora 2013-15 e vice-presidente do Rotary International.

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