Clubes em Ação

Voltar

ACERVO

Voltar

ARTIGOS

Criar ou não novos Rotary Clubs?

set 19, 2011

Determinado nas coisas como sempre fui, tive alguns exemplos de como e porque fundar novas células da organização Rotary Internacional, à qual pertenço desde novembro de 1979. É muito comum pessoas com liderança acomodarem-se e entrarem na vala comum de dizer frases como “Ah, isso é difícil…”, “Não vai dar certo!”, “Mas para quê um novo clube?’, ou ainda “Já temos muitos clubes aqui!”, “Está tão bom o meu clube com 20, 25 associados…”, “A cidade não comporta mais um Rotary Club!”.
Com experiência neste assunto (a criação de novos clubes), observo com alguma tristeza que, nos últimos dez ou 15 anos, conjugar liderança profissional com ação se tornou um problema para o crescimento e a manutenção dos nossos quadros associativos. Faltou à maioria dos administradores a propalada visão de futuro que seria, ou é, um dos mais fortes predicados para quem recebe as atribuições de motivar, comandar e fazer as coisas acontecerem em nossa organização, acionando suas potencialidades de liderança exemplar, com valores éticos e morais.
Sou favorável, sim, à criação de novos clubes em comunidades com população igual ou acima de 5.000 habitantes, ou até com menos gente, desde que haja um trabalho de base dentro dos princípios rotários. Se existirem e acharmos pessoas realmente líderes naquilo que fazem, pessoas que se preocupam com a felicidade do próximo e que constroem o seu mundo e o dos outros considerando os valores da Prova Quádrupla, eis a chance de se formar um novo clube ali. Basta descobrir um a quatro líderes profissionais de mão cheia no local para lançar a semente do novo clube.

O que evitar
A partir das experiências que vivi, seguem dicas do que precisa ser evitado para que um novo clube dê certo: não escolha grupos de empresários apenas; não forme um grupo apenas com amigos e familiares; não queira apenas jovens profissionais, muitas pessoas envolvidas em política partidária ou administração eleita, ou grupos de pessoas com atividades parecidas.
Ensinaram-nos e deu certo que o ideal é descobrir quatro profissionais que não sejam sócios entre si, amigos em esportes ou outras atividades sociais. A partir dessa escolha e descoberta, fica mais fácil multiplicar no novo grupo os valores do Dar de Si Antes de Pensar em Si.
Para se formar um clube forte e bem representativo nas atividades válidas dentro da comunidade, os caminho são não atropelar no treinamento e nos ensinamentos, e dar um certo tempo dos novos rotarianos assimilarem os conceitos e os preceitos do Rotary. É deixar que a “criança” descubra por si o mundo maravilhoso do servir por meio de seu exemplo pessoal e profissional – e que “curta” o seu exemplo e o dos demais, em termos pessoais e profissionais. Esta pode ser a dica ideal de mostrar que existem valores a serem cultivados e aplicados nos programas em favor das nossas comunidades.
Tenhamos consciência das nossas potencialidades por meio do Dar de Si Antes de Pensar em Si no campo das expansões externa ou interna. Devolvamos ao nosso dedicado padrinho, ou à nossa dedicada madrinha, o gesto desprendido que ele ou ela tiveram em nos escolher para integrar o Rotary. Descubramos em nós a semente que pode brotar e crescer, transformando-se numa árvore frondosa e benéfica que ampare as carências cada vez maiores do nosso mundo.
* O autor é Miecislau Surek. Ex-governador do distrito 4730 e associado ao Rotary Club de Lages-Norte, SC (D. 4740), ele é o instrutor distrital 2010-11 do distrito 4740.

 

Ilustração: stock.xchng

NOVIDADES

Share This