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Comunicar para conectar

nov 5, 2019

Segundo o psicólogo e educador Jean Piaget (1896-1980), o pensamento precede a comunicação e esta aprimora o pensar.

O homem se distingue das demais criaturas pela linguagem e pelo pensamento. Graças a esses dois fenômenos, uma interação ocorre, e é ela que permite o compartilhamento das ideias que ensejaram a evolução.

O mundo está cada vez menor. Isso por conta dos meios de comunicação de massa, redes sociais e dispositivos como smartphones e tablets, os quais, não raro, nos colocam perto de quem está longe, e longe de quem está perto. O pensamento rotário, no entanto, se apoia na experiência pessoal e cresce na medida em que as pessoas se qualificam por meio dos seminários e recursos materiais que o Rotary coloca à disposição, desde as cartas mensais até o portal Meu Rotary, sem nos esquecermos da Revista Rotary Brasil, que passou por uma modernização.

Acreditamos que uma das marcas evolutivas do homem é a solidariedade, e esse sentido moral se reflete na expansão dos serviços à comunidade e na preocupação com o bem-estar do próximo, mesmo que ele esteja distante. Assim, voltamos os olhos para os dois países onde a poliomielite ainda é endêmica: Paquistão e Afeganistão. As conturbações políticas da região concorreram para que o total de casos de pólio triplicassem – passando de 33 ocorrências durante todo o ano de 2018 para 82 nos primeiros nove meses deste ano.

Mas os rotarianos são resilientes e jamais pensaram em abandonar o compromisso de garantir que todas as crianças ­ quem a salvo dessa terrível doença. No passado, o Rotary tomou a sábia decisão de promover a imunização. Caso não o fizesse, milhões de pessoas teriam tido suas vidas afetadas pela paralisia infantil e, talvez, o grande programa da Fundação Rotária viesse a ser a doação maciça de cadeiras de rodas e muletas.

No Brasil, o Rotary dispõe de tanta credibilidade que se tornou parceiro do Ministério da Saúde, o que nos enche de entusiasmo para promover o crescimento do quadro associativo e ir mais além. No mundo, ocorre o mesmo, como se deduz pelas crescentes doações de grandes contribuintes. Precisamos, contudo, aperfeiçoar a nossa parceria com clubes do exterior, seja por meio do acesso ao site ideas.rotary.org, seja entregando um projeto a cada um dos nossos embaixadores da paz, como os intercambistas, ou aos governadores de distrito. Estes viajarão em janeiro para o treinamento na Assembleia Internacional em San Diego, nos Estados Unidos.

É importante destacar que os Subsídios Globais são fantásticos porque multiplicam por quatro as contribuições do clube e provocam um grande impacto na comunidade, uma onda do bem.

Nos dias que correm há uma tonelada de mudanças se processando. Tudo passa rápido, a comunicação se desdobra, transformando-se num turbilhão, e, por isso, precisamos evocar Piaget. Devemos pensar para, em seguida, comunicar como queremos nossa vida para conectar o bem no mundo.

* O autor é Hipólito Ferreira, curador 2019-23 da Fundação Rotária.

hipolito@paineira.eng.br

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