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Como obter o máximo de retorno

nov 1, 2018

De boas intenções o inferno está cheio, diz o ditado popular. Mas é a partir das boas intenções que conseguimos atingir os objetivos da Fundação Rotária de fazer o bem no mundo, nossa ambição há mais de 100 anos.

Os programas da Fundação têm obtido espaço crescente nas atividades dos Pré-Institutos e durante os Institutos Rotary do Brasil, reunião anual itinerante que congrega as lideranças passadas, atuais e futuras da organização. A mais recente, em Fortaleza, reuniu 1.637 pessoas no que certamente se tornou o maior Instituto Rotary do planeta em termos de audiência.

Além do Seminário da Fundação Rotária, conduzido pelos coordenadores regionais Antonio Carlos Cardoso e José Nelson Carrozzino Filho, tivemos a Feira de Projetos, já abordada em reportagem da edição passada da Rotary Brasil. Tratou-se de uma experiência positiva do diretor Paulo Zanardi que manteremos e ampliaremos no Instituto de Brasília, de 5 a 7 de setembro de 2019, a ser precedido pelo Gets (Seminário de Treinamento dos Governadores Eleitos), com início em 1º de setembro.

É inexorável que, sendo curador 2015-19 da Fundação Rotária e diretor eleito do Rotary International para o período 2019-21, eu comece a perscrutar os Institutos com olhos de aprendiz e, acima de tudo, com boas intenções. Sem necessariamente conduzir-nos ao inferno.

Tenho o privilégio de exercer a curadoria antes de eleito diretor. Com isso, já representei a Fundação nos Institutos no Rio de Janeiro, Santa Bárbara (Califórnia), Cluj-Napoca (Romênia), Montreal (Canadá) e estarei neste mês em Kobe, Japão.

Denise e eu aprendemos diferentes formas de organização nesses eventos. Algumas dessas lições pretendemos implementar no Instituto de Brasília, mantendo o cerne de nossas características e tradições. Tentaremos algumas inovações que, julgamos, incrementarão a participação e envolvimento do público no seminário, principalmente do dedicado à Fundação.

Obviamente, uma audiência recorde de mais de 1.500 pessoas representa um desafio logístico em termos de movimentação. Em nenhum desses institutos, até agora, à exceção do brasileiro, presenciamos mais do que 600 participantes.

O desafio será, como sempre, aproximar a Fundação e seus regulamentos, nem sempre facilmente assimiláveis, do rotariano do distrito por meio do treinamento no Pré-Instituto. O alvo é reduzir a zero, ou próximo disso, o valor do FDUC (Fundo Distrital de Utilização Controlada) não utilizado nos distritos brasileiros – meu mantra desde sempre como curador. É inaceitável que tenhamos mais de 3,5 milhões de dólares aguardando destinação a projetos à comunidade, e os governadores dos últimos anos têm tomado consciência e melhorado o desempenho de suas equipes distritais de projetos. Por outro lado, também vem aumentando a demanda por captação, e esse recado os governadores também acolheram.

Uma maior dinâmica para os participantes do Instituto interessados na Fundação, em sessões de mesa redonda com relatórios e trocas de experiências, menos discursivas, mais envolventes, contribuirá para melhor assimilação das informações. Montreal foi exemplar nesse aspecto, e é uma das lições que pretendemos implantar com a ajuda dos coordenadores Nelson Carrozzino e Hiroshi Shimuta no Seminário da Fundação Rotária no Instituto de 2019.

Boas intenções. Mas sem inferno.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

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