Clubes em Ação

Voltar

ACERVO

Voltar

Esta é uma boa pergunta nos dias de hoje. Em primeiro lugar, devemos indagar o porquê de crescer. Não iremos aqui afirmar, deixemos isso bem claro, que um clube pequeno não possa ser um clube eficaz. Mas, pelo que observamos nos relatórios, mais de 95% dos clubes que fecharam no Brasil nos últimos 10 anos tinham menos de 20 associados. E esta é uma realidade da qual não podemos fugir.

As pessoas se mudam de cidade, morrem, têm problemas de ordem familiar, financeira, de saúde. E o clube pequeno, em especial, sofre com essa realidade. Um clube com menos de 20 rotarianos sofre muito. No caso deles, o rateamento de custos, muitas vezes, é realizado entre poucos, e o trabalho também acaba sendo dividido frequentemente por menos pessoas ainda.

Dia da Agenda
Uma ideia que nos pareceu interessante é a que institui o Dia da Agenda no clube. O presidente solicita a todos que tragam os contatos de pessoas amigas dos associados na reunião seguinte e, na oportunidade, ele lê a lista de classificações. Por exemplo, o presidente pode anunciar: “Temos em aberto a classificação ‘distribuição de combustível’. Quem conhece um dono de posto na nossa comunidade? Abram suas agendas. Ok, você conhece algum? Ele tem perfil de rotariano?” A dinâmica é essa.

Quanto mais rotarianos, mais voluntários teremos para dividir as tarefas, montar um belo conselho diretor e as comissões de clube. As despesas serão rateadas por mais pessoas e poderemos montar uma estrutura organizacional melhor para o clube. Essas são ou não boas razões para o crescimento?

Como crescer então? Sua lista de classificações está guardada na gaveta ou está sendo lembrada e lida em todas as reuniões? Você está procurando líderes na sua comunidade que preencham as atividades em aberto?

Não adianta apenas desejar crescer. Temos que fazer por onde. Há jovens e mulheres em seu clube? Primeira sugestão: nunca convide apenas uma mulher ou apenas um jovem. Convide sempre dois, três ou mais. Dessa forma será naturalmente criado um ambiente para eles dentro do clube.

Rotary Clubs com jovens e mulheres fazem a diferença internamente e nas comunidades. Há clubes, entretanto, que ainda não aceitam mulheres e jovens. Em compensação, estão surgindo diversos clubes constituídos por mulheres e jovens que desejam fazer a diferença. Mas nada disto adianta se não houver algo fundamental: retenção.

Verifique se o seu clube está realizando atividades junto à comunidade, pois clube sem trabalho social está fadado a fechar. Verifique se a sua reunião está ocorrendo em local propício e com alimentação adequada. E se mensalmente está havendo informação rotária, pois não se ama o que não se conhece.

Se os clubes com menos de 20 associados chegassem a este patamar numérico, sairíamos de uma realidade de 56 mil para 75 mil rotarianos brasileiros. E teríamos o direito a um diretor brasileiro do Rotary International para nos representar, todos os anos, no Conselho Diretor. Ajudem-nos a mostrar a força do Brasil!

* Os autores são Altimar Augusto Fernandes e Antonio Henrique de Vasconcelos, coordenadores do Rotary para as Zonas Rotárias 22A e 23A, e para a Zona 22B, respectivamente.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para altimar@serraplace.com.br e rhvasconcelos@secrel.com.br

Share This