Primeiramente, agradeço as manifestações por e-mail que começo a receber dos rotarianos, como o Marcos Buim, de São Caetano do Sul, SP, sobre o que o Rotary fará depois da erradicação da pólio, e o João Felix, de Florianópolis, SC, sobre o meio ambiente como foco da Fundação Rotária. O conceito da coluna é justamente esse: funcionar como uma via de duas mãos. A função de curador é ser porta-voz da Fundação Rotária junto aos rotarianos, mas também deles receber sugestões e ideias sobre nossos programas.

Tenho sido abordado, principalmente nos seminários da Fundação Rotária do distrito 4630, em Campo Mourão, PR, e do distrito 4420, em São Paulo, sobre o cálculo do dólar rotário. Sendo estes dois entre os distritos com maior arrecadação no país, é preocupação procedente. Desconhecendo o critério, fui pesquisar junto a Lori Carlson, principal executiva financeira do Rotary e da Fundação Rotária.

O método pode ser questionado, mas tem lógica. Vamos exercitar um pouco de matemática. Cada julho e janeiro, o dólar rotário é baseado na taxa de câmbio de mercado dos últimos 30 dias. O valor é a média aritmética da soma de todas as taxas diárias, dividido por 30 ou 31 dias, conforme o mês. Essa taxa é calculada seis dias úteis antes do fim do mês para permitir que a informação chegue aos escritórios regionais e destes, aos clubes, para o início do mês seguinte.

Para dezembro de 2015, portanto, a taxa foi calculada no período de 23 de outubro a 23 de novembro. Para os períodos de agosto a dezembro e de fevereiro a junho, a taxa rotária é comparada à média mensal do mercado, obtida pelo cálculo descrito acima. Se a média estiver mais de 3% acima ou abaixo do dólar rotário, este é ajustado. Caso permaneça dentro deste intervalo, é mantida. Vale ressaltar que este critério vale para todas as 28 moedas do universo rotário.

Esse raciocínio explica a manutenção da taxa do dólar rotário em 3,92 reais para o mês de janeiro. E, caso a variação média do mês de janeiro não tenha ultrapassado os 3% em relação ao valor fixado, deve continuar neste mês de fevereiro.

Acabo de regressar antecipadamente da Assembleia Internacional de San Diego, nos EUA, onde o presidente eleito John Germ apresentou nosso lema 2016-17: Rotary a Serviço da Humanidade. Trataremos dele na próxima coluna.

Mas tenho que reportar a Conferência Presidencial da Paz, realizada em Ontário, na Califórnia, nos dias 15 e 16 de janeiro. Com a presença de 1.500 rotarianos, bolsistas, intercambistas, realizaram-se 147 sessões de discussão. Os palestrantes principais eram do calibre de Sharon Stone; do padre Greg Boyle, famoso por agregar mais de 300 membros de gangues num trabalho produtivo em Los Angeles; Carrie Radelet, diretora do Peace Corps; Bernd Wollschlaeger, filho de oficial nazista condecorado que se converteu ao judaísmo; Barbara Winton, filha de Nick Winton, responsável pelo resgate de crianças checas do nazismo; e Claes Nobel, neto do criador do Prêmio Nobel.

Várias lições de vida e superação por meio da paz. O Rotary continua nos ensinando, nestes grandes eventos, que a ação de servir é a nossa ferramenta mais poderosa.

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

(Mensagem de fevereiro de 2016)