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Caros companheiros rotarianos,

mai 17, 2017

Alguns anos atrás, fui convidado para fazer uma palestra em um Interact Club da minha cidade, Colombo, no Sri Lanka. Como sempre levei minhas interações com os jovens do Rotary muito a sério, preparei meu pronunciamento cuidadosamente e me dediquei à apresentação da mesma forma que faria em qualquer outro evento. Depois da reunião, fiquei no local para conversar com alguns interactianos, respondi às suas perguntas e lhes desejei sucesso.

Ao sair da sala onde havíamos nos reunido naquela tarde de outono, os fortes raios do sol atingiram diretamente os meus olhos. Encontrei um lugarzinho à sombra, atrás de uma coluna, para esperar a pessoa que iria me buscar.

Enquanto aguardava, escutei um grupo de interactianos que havia acabado de ouvir o meu discurso. Naturalmente, fiquei curioso. O que eles estariam dizendo e o que haviam aprendido com a minha apresentação? Percebi, rapidamente, que o que eles tinham absorvido não era nada do que eu esperava.

Eles não estavam falando sobre o que eu tinha dito, sobre as histórias que havia contado ou sobre as lições que busquei transmitir em minha visita à escola. Fiquei surpreso ao ouvi-los conversar sobre minhas roupas ocidentais, minha experiência profissional e minha empresa. Cada aspecto da minha aparência e do meu comportamento foi esmiuçado e discutido. Assim que eles começaram a especular sobre o carro que eu dirigia, minha carona chegou e tive que sair do meu “esconderijo”. Embora eles devam ter ficado um pouco envergonhados, sorri, entrei no carro e acenei ao partir.

Independentemente do que eles tenham aprendido naquele dia, o meu aprendizado foi muito maior. Descobri que as lições que ensinamos por meio dos nossos exemplos são muito mais significativas do que as transmitidas com palavras. Percebi que, como líder rotário e pessoa proeminente na comunidade, eu tinha me tornado um exemplo a ser seguido para aqueles jovens. Seus olhos se fixaram em mim de uma maneira que jamais havia notado antes. Se escolhessem me copiar, eles teriam como base o que viram, não o que ouviram.

Todos nós, no Rotary, somos líderes nas nossas comunidades de uma maneira ou de outra. Todos carregamos a responsabilidade inerente a essa posição. Nossos valores rotários e nossos ideais não podem se limitar aos Rotary Clubs. Eles devem ser levados conosco todos os dias, aonde quer que vamos. Mesmo não estando envolvidos em um trabalho rotário, nós sempre representamos o Rotary. Logo, devemos nos portar de forma adequada, seja na nossa maneira de pensar, falar ou nos comportar. Isso é o mínimo que as nossas comunidades e nossas crianças merecem.

* O autor é K.R. Ravindran, presidente 2015-16 do Rotary International.

(Mensagem de março de 2016)

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