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As crianças do mundo mais protegidas

mai 23, 2017

Prezados companheiros rotarianos,

Globalmente, nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento, a mortalidade infantil está em declínio e a expectativa de vida, em ascensão. Em 1960, 182 de cada 1.000 crianças nascidas morriam antes de completar cinco anos. Hoje, esse número caiu para 43. A expectativa de vida de uma criança nascida em 1960 era de apenas 52 anos, em média. A de uma criança nascida hoje é de 71 anos.

Ainda agora, como naquela época, os mais prováveis fatores determinantes do destino de uma criança são definidos no parto: onde ela nasce, a condição educacional e econômica da família, a disponibilidade de cuidados médicos. No entanto, um dos mais importantes avanços na saúde pública atingiu todos os países e agora deve alcançar todas as crianças: a imunização.

O uso de vacinas, em muitas partes do mundo, praticamente eliminou doenças que antes eram predominantes, como a difteria, o tétano e a rubéola. Graças às vacinas, 20 milhões de vidas foram salvas do sarampo desde 2000; a varíola foi erradicada e a poliomielite é a próxima da lista.

Trinta anos atrás, havia uma estimativa de 350 mil casos de poliomielite por ano em todo o mundo. Apenas 37 casos de poliomielite foram registrados em 2016: o menor número da história. Todos os outros casos, e a paralisia e a morte trazidas com eles, foram evitados graças ao uso difundido de uma vacina segura, confiável e barata.

A Organização Mundial de Saúde estima que a imunização evite cerca de 2 a 3 milhões de mortes todos os anos, além da carga enorme provocada pela perda econômica e pelas deficiências. No entanto, as coisas poderiam ser ainda melhores: 1,5 milhão de mortes adicionais poderiam ser evitadas melhorando-se a área de alcance da vacinação em todo o mundo.

De 24 a 30 de abril, o Rotary se juntará à OMS, ao Unicef e aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA para celebrar a Semana Mundial de Vacinação, cujo tema deste ano é As vacinas funcionam, e aumentar a visibilidade sobre o incrível impacto que elas têm na saúde global. O aumento no uso de vacinas tem repercussões mais amplas para a saúde pública: controlar a hepatite viral, reduzir a necessidade de antibióticos, diminuindo o desenvolvimento de micróbios resistentes a eles, e atingir mais crianças e adolescentes com intervenções essenciais de saúde. Em todas as partes do mundo, para garantir que todas as crianças tenham a melhor chance de um futuro saudável, a imunização de rotina é tão crucial quanto antes.

Em um mundo incerto, as vacinas oferecem algo notável: uma maneira de proteger nossas crianças ao longo de suas vidas. Ao trabalhar em conjunto para proteger todas as crianças contra a poliomielite e outras doenças evitáveis, o Rotary está verdadeiramente a serviço da humanidade, agora e nas próximas gerações.

* O autor é John Germ, presidente 2016-17 do Rotary International.

(Mensagem de abril de 2017)

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