Clubes em Ação

Voltar

ACERVO

Voltar

NOTÍCIAS

As Casas da Amizade pelo mundo

out 3, 2013

A Brasil Rotário elegeu como tema de capa de sua edição de outubro as Casas da Amizade, também conhecidas como Associações de Senhoras de Rotarianos. Falamos sobre o passado das entidades dentro de uma perspectiva nacional, mostrando as transformações pelas quais elas vêm passando. No entanto, ao final da reportagem uma pergunta o leitor poderá fazer: existem Casas da Amizade no exterior?

A resposta é sim. Nilo Ivo Trentini, associado ao Rotary Club de Panambi, RS, e governador 2001-02 do distrito 4660, esteve na Índia em janeiro de 1998 como líder de um grupo Intercâmbio de Grupo de Estudos (IGE). Lá, na cidade de Patiala, no noroeste do país, além de ser recepcionado por rotarianos, Nilo se deparou com representantes de uma “Casa da Amizade indiana”. Outro exemplo: Miguel Schmitt-Prym, também associado ao clube de Panambi e governador distrital 1997-98, tornou-se líder de IGE em 2007, quando viajou para a Alemanha. Ele viu entidades alemãs de senhoras de rotarianos fortes e atuantes e chegou a conhecer a presidente nacional das Casas da Amizade do país.

Em 2010, Miguel apresentou uma proposta ao Conselho de Legislação do Rotary International para que todas as Casas e associações de senhoras pelo mundo fossem admitidas pelo Rotary, reunindo em uma mesma chancela as entidades latino americanas, europeias e dos demais continentes. “Tivemos alguns apoios importantes. A (diretora do RI) Celia Giay apoiou, mas perdemos no plenário”, informou. As associações de senhoras no Brasil e no mundo, embora contem com o apoio do Rotary, não são por ele oficialmente reconhecidas.

ilustracao

Como tudo começou

No Brasil, a primeira Casa da Amizade surgiu em Bauru, SP, em 1938. No exterior, elas têm uma história ainda mais antiga. De 1905, quando o Rotary foi fundado, até sua expansão para a Inglaterra (1911), França (1921), Holanda (1922), Itália e Bélgica (1923), as mulheres de rotarianos formavam comitês com a duração das poucas festivas, recepções e iniciativas rotárias aos quais elas eram raramente convidadas (o mesmo fenômeno se verificava no Brasil).

Até que 15 de novembro de 1923, na cidade de Manchester, Inglaterra, 27 esposas de rotarianos se reuniram para criar uma associação permanente. Margarette Golding foi eleita presidente de um comitê da associação para convocar as companheiras que não haviam comparecido àquele primeiro encontro. Na  reunião seguinte, em 10 de janeiro de 1924, algumas iniciativas começaram a ser realizadas: fundos foram levantados e roupas de lã foram enviadas para hospitais locais. Na ocasião, Margarette sugeriu a nomenclatura Inner Wheel [roda interna, em português]. Em 1927, mais cinco entidades foram fundadas na Inglaterra e a ideia se expandiu para a Europa continental.


Companheiras latino-americanasInner Wheel
A nomenclatura Inner Wheel permanece abarcando as entidades europeias e uma parte significativa daquelas que se encontram na África e Ásia. Para dar um caráter global a eles, em 1967 foi criado o órgão Inner Wheel International. Hoje existem mais de 100.000 associadas à Inner Wheel em 101 países. Somente na Grã-Bretanha há 891 Casas da Amizade, reunindo mais de 23 mil companheiras. A Inner Wheel International tornou-se a maior organização de mulheres do mundo, o que levou a ONU a admitir o órgão na qualidade de observador a partir de 1993.

Na América hispânica, as Casas da Amizade são conhecidas como Asociaciones de Esposas de los Rotarios, Comités de Damas de Rotary ou simplesmente Esposas ou Damas de Rotary e também são relevantes.

A atual diretora Celia Cruz de Giay, a primeira mulher latino-americana a galgar tal posição no Rotary, começou sua vida rotária em 1966 como uma integrante bastante ativa da Asociación Damas del Rotary Club de Buenos Aires. Ela, que é casada com o presidente 1996-97 do Rotary, Luis Vicente Giay, se tornou rotariana em 1994.

Este ano, como convocadora do 36º Instituto Rotary do Brasil, de 5 a 8 de setembro em Foz do Iguaçu, PR, Celia fez questão de que um dos grupos de trabalho do evento fosse dedicado às Entidades de Senhoras de Rotarianos, do qual participou o tempo todo. O grupo acabou se revelando o maior do instituto, com 118 participantes (ver reportagem de outubro da Brasil Rotário). Na oportunidade, Celia contou à plateia que na Argentina as entidades de esposas têm um trabalho comunitário bastante respeitado e que naquele país elas começaram há 70 anos.

* Foto: Istockphoto

Tags: Rotary, Rotary International, capa, edição de outubro de 2013, Casas da Amizade, senhoras em ação, especial

ARTIGOS

Share This