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Alumni tornam-se rotarianos?

jun 12, 2017

Não é novidade que o Rotary está envelhecendo. Tampouco é inédito que nosso quadro associativo está estagnado em 1,2 milhão há 20 anos. Fechamos 31 de janeiro com 1.222.340 rotarianos, 12.849 acima do quadro em 1º de julho de 2015.

Por que um curador fala sobre quadro associativo, a maior preocupação do diretor do Rotary José Ubiracy e sua equipe de coordenadores e governadores? Longe de mim usurpar o tema do quadro associativo. É que integro o comitê conjunto da Fundação Rotária e do Rotary International sobre os seus ex-alunos, chamados alumni, e tive acesso a dados que gostaria de compartilhar com o rotariano brasileiro. Como podemos atraí-los para o Rotary?

O termo alumni engloba todos os jovens cujas vidas foram melhoradas pela intervenção do Rotary. Na sede da nossa organização, em Evanston, EUA, temos um banco de dados com 306.738 nomes, assim divididos: rotaractianos: 113.842; participantes de IGE: 72.722; intercambistas: 42.462; bolsistas: 40.753; interactianos: 36.959.

Quantos destes são rotarianos? São 14 mil – menos de 5% da população beneficiada. Pior seria senão tivéssemos um mercado potencial de futuros rotarianos. Mas temos herdeiros em perspectiva. E o Rotary contatou esse público em potencial enviando 73.916 mensagens em julho de 2014 por meio do site Reconnect. Algumas descobertas da pesquisa (que obteve 3.163 respostas, 4,28% das mensagens enviadas, valor aparentemente baixo, mas consistente com outras pesquisas do Rotary no período): 1) 31% das respostas se deram na faixa de 30 a 35 anos e 21% na faixa de 40 a 49 anos; 2) 46% das respostas vieram de mulheres, 36% de homens e 18% preferiram não responder; 3) 53% assinam o boletim Reconnect, da comunidade de ex-alunos; 4) 72% já doaram ao Rotary, 33% inclinam-se a doar nos próximos dois anos; 5) 43% foram contatados no último ano por rotarianos e 11% responderam não ter interesse em ingressar no Rotary ou Rotaract; 6) 54% responderam estar interessados em se associar ao Rotary e 34% mostraram-se indecisos; 7) No último ano, 33% foram voluntários até quatro vezes, 18% entre cinco e 11 vezes e 19% todos os meses – um público, portanto, engajado em assuntos da comunidade; 8) Os países com maior engajamento, pela ordem, são: EUA, Brasil, Austrália, Índia e Filipinas;

A análise concentrou-se em respostas de não rotarianos para melhor identificar as possíveis estratégias de aproximação e convencimento. O que, então, a nossa organização está fazendo? Só diagnóstico, sem ação? As estratégias de aproximação norteiam-se pela ideia central do Rotary: juntar-se a líderes, trocar ideias e entrar em ação, etapas estas que corroboram nossos valores básicos. Elas passam também pela criação de uma associação dos ex-alunos, por convidá-los a ingressar no Rotaract, em participar das Bolsas Pró-Paz e em conscientizá-los para que integrem os Grupos Rotarianos em Ação (RAGs). Além disso, devemos convidá-los a participar das Convenções do Rotary e incluí-los nos projetos comunitários da nossa organização como voluntários.

Aos rotarianos brasileiros, a mensagem: o futuro rotariano pode estar entre os jovens que tiveram suas vidas melhoradas pelo Rotary por meio do seu clube. Acredite neles!

* O autor é Mário César de Camargo, curador 2015-19 da Fundação Rotária.

Para fazer comentários e sugestões sobre esta coluna, escreva para mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

(Mensagem de março de 2016)

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