Colunistas
A força que vem da diversidade
Prezados companheiros rotarianos,
No Rotary, nossa diversidade é nossa força. Essa ideia remonta aos primeiros anos da nossa organização, quando o sistema de classificação foi proposto pela primeira vez. O conceito por trás disso era simples: um clube com associados de origens diferentes e habilidades diversas seria capaz de fornecer um serviço melhor do que outro sem isso.
Nos anos seguintes, a diversidade no Rotary passou a ser definida de forma mais ampla. Descobrimos que um clube que realmente representa sua comunidade é muito mais capaz de atendê-la de forma eficaz. Pensando no futuro, fica claro como a pluralidade permanecerá essencial ao Rotary: não só para um serviço forte hoje, mas para uma organização resistente no porvir.
Um dos aspectos mais urgentes a resolver quanto à diversidade no nosso quadro associativo é a idade dos nossos associados. Quando você observa o público em quase todos os eventos do Rotary, fica óbvio que a faixa etária presente na sala não promete um futuro sustentável para nossa organização. Nosso quadro associativo está perto de atingir um recorde, e, apesar de estarmos trazendo novos associados o tempo todo, apenas uma pequena minoria deles é jovem o suficiente para ter adiante décadas de serviço no Rotary. Para garantir à organização uma liderança forte e capaz amanhã, precisamos trazer associados jovens e capazes hoje.
Também não podemos falar da diversidade no Rotary sem abordar a questão de gênero. É difícil imaginar que, há apenas três décadas, as mulheres não podiam ser rotarianas. Embora tenhamos percorrido um longo caminho desde então, o legado dessa política equivocada ainda permanece. Muitas pessoas continuam pensando no Rotary como uma organização apenas para homens, e isso tem tido um efeito prejudicial na nossa imagem pública e no crescimento do nosso quadro associativo. Hoje, as mulheres representam pouco mais de 21% do total de rotarianos. Embora seja certamente um grande avanço, temos uma extensa estrada a percorrer para cumprir o que deveria ser a meta de cada clube: um equilíbrio de gênero que corresponda à proporção observada no nosso mundo, com um número mais harmonioso de mulheres e homens no Rotary.
Seja qual for o motivo que tenha nos trazido ao Rotary, permanecemos porque encontramos valor na associação e acreditamos que nosso serviço tem relevância para o mundo. Com clubes que reflitam esse mundo em toda a sua diversidade, construiremos valor ainda mais duradouro para fazer a diferença no Rotary.
* O autor é Ian Riseley, presidente 2017-18 do Rotary International.